Biorremediação
de áreas contaminadas

Parceiro: Petrobras

Duração: 1998 - 2019​

Atividade:

Biorremediação​

Uma solução desenvolvida pelo REMA que atua na recuperação de áreas contaminadas por vazamentos de combustíveis. Os trabalhos pioneiros no Brasil começaram em 1998 com o professor Henry Corseuil e projetam uma redução de até 60% nos custos de descontaminação de solos e aquíferos impactados por vazamentos de combustíveis e por outras substâncias químicas. O projeto tem apoio da Petrobras e gerenciamento administrativo e financeiro da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc).

O projeto é intitulado “Desenvolvimento de Protocolos de Remediação de Áreas Contaminadas e de Descomissionamento de Áreas Recuperadas”. Os trabalhos são desenvolvidos no Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente (Rema), propriedade da UFSC, próximo ao Aeroporto Hercílio Luz, no Sul da Ilha de SC.

A partir desta pesquisa, os passivos ambientais resultantes de vazamentos de combustíveis serão tratados de forma mais eficiente, a custos mais acessíveis. Os protocolos serão aplicados a partir de 2022 pela Petrobras. A alternativa, mais sustentável em relação aos atuais protocolos, equaciona a degradação e reduz custos diretos e indiretos, como o próprio monitoramento do espaço. Com este protocolo, o custo poderá ser reduzido em até 60%.

São exemplos das áreas experimentais:

B100 & B20 – Atenuação Natural Monitorada
Os experimentos do B100 e do B20, iniciados em junho de 2008, pretendem avaliar o transporte e destino ambiental dos principais hidrocarbonetos aromáticos do petróleo (BTEX e HPA) no caso de derramamentos por biodiesel puro e por mistura (mistura de 20% de biodiesel com 80% de diesel, em volume/volume), através da tecnologia da atenuação natural monitorada (ANM).

B20 – Bioestimulação com Acetato
O experimento de campo foi conduzido com o objetivo de avaliar o potencial da bioestimulação metanogênica com acetato de amônio para aceleração da degradação de hidrocarbonetos de petróleo (BTEX e HPAs), presentes em águas subterrâneas contaminadas com misturas de diesel e biodiesel (mistura de 20% de biodiesel com 80% de diesel, em volume/volume).

FERRORREDUÇÃO
O projeto de pesquisa avalia, in situ, o processo de ferrorredução para a biodegradação de hidrocarbonetos de petróleo e ésteres do biodiesel que compõem o diesel B20 (mistura de 20% de biodiesel com 80% de diesel, em volume/volume) por meio do uso de óxido de ferro recuperado da Drenagem Ácida de Mina (DAM).

FENTON MODIFICADO
O projeto Fenton Modificado é uma das tecnologias empregadas pelo grupo de pesquisa REMA para avaliar os processos envolvidos na remediação de áreas impactadas com biocombustíveis. O processo avalia a oxidação química in situ (ISCO) a partir da adição de oxidantes químicos diretamente no subsolo, para transformação dos contaminantes em compostos menos nocivos. Para tanto foram utilizados peróxido de magnésio (MgO2) e óxido de ferro recuperados do tratamento da Drenagem Ácida de Mina (DAM).

Gasolina 25% – Bioestimulação com Nitrato
Este experimento tem como finalidade estudar os impactos causados em derramamentos subsuperficiais de gasolina comum, estudando o comportamento das plumas de contaminação e também avaliando a técnica de remediação com nitrato se é eficiente para atenuar áreas contaminadas com este combustível.

E10 – Bioestimulação com Sulfato
Esta pesquisa tem como objetivo geral avaliar o comportamento de biodegradação dos compostos monoaromáticos (BTEX) e etanol presentes na gasolina E10 (90% de gasolina e 10% de etanol, em volume/volume) em condições sulfatorredutoras, tentando assim simular um aquífero naturalmente rico em sulfato e observar o comportamento das plumas dos contaminantes nessas condições.

E85 – Zona Não Saturada e Saturada
Esta área avalia a migração do etanol da zona não saturada do solo para a zona saturada, como também, determina os efeitos da alta concentração do etanol (cossolvência, inibição da biodegradação dos BTEX, toxicidade) no transporte e persistência dos monoaromáticos (BTEX), particularmente o benzeno. Para isto uma mistura de gasolina com alta concentração de etanol (85% etanol anidro e 15% gasolina, em volume/volume) foi liberada na zona não saturada do solo.

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